sábado, 20 de agosto de 2011

Oficina número 9




B) RELACIONE o rápido desenvolvimento econômico pós-unificação às tensões ideológicas na política interna da Alemanha.
            A Alemanha pós-unificação explorou amplamente seus recursos naturais, como ferro e carvão. Os operários que trabalhavam com a extração desses materiais possuíam um nível de escolaridade mais avançado em relação ao resto da Europa, o que levou a uma difusão das ideias marxistas. Isso levou o proletariado a se unir ao invés de buscarem a ascensão social de forma individual como ocorre no capitalismo.

C) A partir de sua pesquisa, EXPLIQUE as duas estratégias desenvolvidas por Bismarck para conter os problemas políticos internos. 
            Otto von Bismarck , para acalmar as tensões políticas, mudou  o funcionamento do Reichstag, o parlamento alemão que na época possuía mais poder que o Imperador (Kaiser). Uma das mudanças feitas foi a permissão de eleições para os membros do Parlamento. Os cidadãos com direito a voto foram selecionados pelo sufrágio universal masculino. Com essa mudança Bismarck agradou uma parcela dos liberais. Visando enfraquecer ainda mais o parlamento alemão, diminuiu o seu poder e o transferiu para o Kaiser.

D) Observe a caricatura de Guilherme II e, em seguida, APRESENTE as principais características do governo dele, ressaltando permanências e rupturas, comparativamente ao governo de Bismarck.
            Enquanto Bismarck fortalecia o Império economicamente e politicamente, Guilherme II o enfraqueceu, fragilizando-o no campo da política. O Imperador Guilherme II tentou agradar o proletariado e evitar o crescimento do Partido Socialista juntamente com seu novo chanceler, Leo Caprivi, adotando a política conhecida com o nome de “Neue Wegrinchtung”. Esta estratégia não ocorre como o planejado e assim adota outra política, dessa vez com um caráter fortemente nacionalista, e começa um investimento nas Forças Armadas, principalmente na Marinha.

quinta-feira, 11 de agosto de 2011

Oficina número 7


            Na sociedade atual, muitos cidadãos acreditam que existe uma democracia racial em nosso país, ou seja, um convívio harmonioso e pacífico entre as raças. No entanto, essa ideologia está equivocada, se mostrando apenas como um tipo de propaganda estrangeira.
            Gilberto Freyre, um dos autores do século passado mais influentes sobre esse assunto, é, em sua grande obra “Casa Grande e Senzala”, o primeiro a descrever as três “raças” que compunham o povo brasileiro. Porém, em toda a obra, a convivência entre as três “raças” é vista de forma idílica quando, de fato, o que se teve foi uma grande exploração de um grupo étnico por outro, sendo aprofundado e apropriado pelo capitalismo. Essa exploração ocorre até os dias de hoje, mesmo que de forma implícita.
            Por mais que agora o preconceito racial não ocorra como antigamente, ele ainda aparece atualmente em entrevistas para trabalho, por exemplo. Um candidato ‘branco’ tem mais chances que o ‘negro’ de ser aceito, além de, na maioria dos casos, possuir uma formação escolar e profissional superior, com direito a possuir diplomas de línguas estrangeiras, como o inglês e o espanhol.
            Vários autores foram responsáveis pela criação, crítica e disseminação dessa errônea ideologia. Carlos Hasenbalg foi um deles que criticavam a democracia racial. Diferenciava a democracia que ocorria aqui com a estadunidense. Também dividiu ela em dois pontos: O primeiro deles é o embranquecimento, ou ideal do branqueamento, entendido como um projeto nacional implementado por meio da miscigenação seletiva e políticas de povoamento e imigração européia. O segundo é a concepção desenvolvida por elites políticas e intelectuais a respeito de seus próprios países, supostamente caracterizados pela harmonia e tolerância racial e a ausência de preconceito e discriminação racial.
            De acordo com Thomas E. Skidmore, a teoria do embranquecimento foi baseada na crença da superioridade do tronco étnico caucasiano. Florestan Fernandes complementa o pensamento afirmando que o ideal da miscigenação era tido como um mecanismo mais ou menos eficaz de absorção do mestiço. O essencial, no funcionamento desses mecanismos, não era a ascensão social de certa porção de negros e de mulatos, nem a igualdade racial, mas, pelo contrário, a hegemonia da raça dominante.
            Em síntese, a democracia racial na sociedade atual é tão idealista quanto no século passado. Parece que a ideia não possui uma grande probabilidade de desaparecer e continuará servindo como propaganda internacional. O que pode ser feito é apenas lutar para a conquista de direitos iguais a todos os cidadãos, independentemente de sua etnia.
Gilberto Freyre
Florestan Fernandes

Oficina número 6


A música “A Caminhada das Valquírias”, da ópera “A Valquíria”, de Richard Wagner, foi composta na época do romantismo.  As características românticas podem ser notadas na música devido ao ritmo exaltante, ou seja, é uma música cheia de sentimentos e, no seu próprio nome, podemos notar características do romantismo exacerbado, ao citar fatos presentes na antiga mitologia nórdica, como a própria Valquíria. Além disso, este ser fictício era uma cavaleira, característica extremamente comum na primeira geração do romantismo, a qual Richard Wagner pertence. Portanto, ela apresenta duas das qualidades fundamentais do romantismo: a subjetividade, devido às emoções, e o medievalismo, devido aos personagens mitológicos da ópera.
Na época da infância de Wagner, ocorria a formação do novo governo alemão, e durante a sua juventude, conheceu e simpatizou com alguns filósofos da época. Assim, cresceu tendo fortes ligações com o país e, ao virar compositor, escreveu músicas exaltando os aspectos de sua nação, como por exemplo, a cultura local, quando fala dos antigos mitos e histórias do país.. Daí vem o seu grande sentimento de amor à pátria.Suas músicas são exemplos tão fortes do nacionalismo alemão que foram usadas em tempos de guerra, para melhorar o ânimo dos soldados e prepará-los para guerra.
 Ele também conheceu outras grandes personalidades da época, como o imperador do Brasil, Dom Pedro II, que encomendou três partituras e visitou o autor num festival em Bayreuth.
 Um fato interessante sobre a obra deste compositor foi que ela foi usada até a Segunda Guerra Mundial. Elas servem de inspiração até hoje e, na Alemanha ele é tido como um dos grandes compositores de seu país.

Imagem representativa da Valquíria
Richard Wagner